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O projeto de investigação "A Aldeia Histórica de Idanha-a-Velha: Cidade, Território e População na Antiguidade (séc. I a.C. – XII d.C.)", financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), iniciou-se formalmente esta semana. 

A decorrer até janeiro de 2024, trata-se de um dos oito projetos a nível nacional, na área de História e Arqueologia, selecionados para financiamento da FCT, no valor total de €233.423,90. O projeto inscreve-se no quadro de uma parceria estabelecida, desde 2017, entre a Universidade de Coimbra, a Universidade Nova de Lisboa, o Município de Idanha-a-Nova e a Direção Regional de Cultura do Centro.

O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, congratula-se com o início do projeto: “Faço votos de bom trabalho para todos os envolvidos nesta investigação que, pelo seu interesse e qualidade, obteve financiamento da FCT. Idanha-a-Velha é uma ‘aldeia museu’ que nunca se esgota na sua riqueza. Importa estudar, preservar, valorizar e divulgar o seu património e a sua história milenar”. 

Pedro C. Carvalho, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e Catarina Tente, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, são os coordenadores científicos.“O objeto de estudo é Idanha-a-Velha, uma das 12 aldeias históricas de Portugal, outrora cidade capital em época Romana, sede de bispado no Período Suevo-Visigodo, e ainda centro Templário na Idade Média. Pretende-se investigar uma história com quase 1200 anos, entre o período Romano e a formação do Reino de Portugal, num sítio verdadeiramente único, que foi palco do encontro de povos e culturas distintas e que conserva ainda marcas muito expressivas dessa herança cultural, o que explica o facto da Aldeia Histórica de Idanha-a-Velha estar classificada como Monumento Nacional”, explica Pedro C. Carvalho.

O financiamento da FCT permite consolidar o desenvolvimento de investigação aplicada de relevo na Aldeia Histórica de Idanha-a-Velha, através de uma equipa interdisciplinar, envolvendo investigadores portugueses e estrangeiros, e de uma parceria institucional que se tem revelado frutuosa. Efetivamente, o projeto une várias áreas do saber, procurando uma visão integrada do passado e a produção de conhecimento novo. A abordagem junta ciências sociais e humanas como a história e a arqueologia, que assumem o papel central, com disciplinas como a físico-química, a biologia e a antropologia biológica.

A título de exemplo, Pedro C. Carvalho adianta que “análises laboratoriais relacionadas com a paleogenética, com os estudos do ADN, juntamente com outras abordagens permitirão trabalhar temas como os movimentos migratórios na antiguidade”. O projeto prevê ainda campanhas de escavação arqueológica em Idanha-a-Velha, com a participação de estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

“Outra dimensão deste projeto é a divulgação social do conhecimento e a valorização patrimonial”, acrescenta Pedro C. Carvalho. “Queremos envolver a população local, particularmente as escolas, em torno deste património que, desde logo, lhe pertence. E, por outro lado, produzir conteúdos para divulgação junto dos turistas, de forma a darmos o nosso contributo para a valorização deste recurso patrimonial único que encerra também potencial económico”.

05 fevereiro 2021


 

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